O futuro do trabalho já chegou. E não pede só ferramentas novas. Pede um novo tipo de liderança. Você está preparada/o?
Tem muita gente acreditando que o futuro do trabalho será apenas sobre aprender a usar melhor as ferramentas. Mas, se você acompanhou os painéis de liderança do SXSW nos últimos anos, já sabe que a virada não é técnica. É humana. Como disse Esther Perel no palco do evento, “As grandes transformações não nascem da tecnologia. Elas nascem das nossas conversas”.
Automação e IA não vão eliminar seu trabalho, mas vão mudar o que você entrega
O ChatGPT, os CRMs inteligentes e as planilhas automatizadas já fazem parte do nosso dia a dia. E ajudam, sim, a ganhar tempo. Mas é o que fazemos com esse tempo que define nosso valor. Analisar cenários, tomar decisões complexas, inspirar pessoas e construir conexões segue sendo essencial. A inteligência artificial ainda não sabe fazer isso. Mas nós sabemos.
Projetos serão cada vez mais líquidos e multidisciplinares
O futuro do trabalho se parece mais com um encontro do que com um organograma. Equipes se formam por projeto, profissionais transitam por diferentes frentes e surgem colaborações entre áreas que antes nem se falavam. A liderança do futuro precisa ser adaptável, clara na comunicação e rápida ao integrar pessoas. Conduzir gente diversa em contextos provisórios se torna um diferencial real.
As chamadas power skills serão mais valorizadas que os certificados técnicos
Segundo o relatório do World Economic Forum, as habilidades mais importantes até 2030 são pensamento crítico, empatia, escuta ativa, resolução de problemas e adaptação. São as chamadas soft skills, que hoje carregam impacto estratégico. No SXSW, elas ganharam um novo nome: power skills. Habilidades que sustentam o que a tecnologia ainda não entrega e que fazem toda a diferença em um time de alta performance.
O trabalho será cada vez mais híbrido, mas a cultura não pode ser remota
Ferramenta nenhuma cria pertencimento. Uma liderança eficaz precisa manter o time engajado, mesmo que cada um esteja em um canto do mundo. O futuro exige encontros intencionais, rituais de conexão e trocas autênticas. Como disse Priya Parker no SXSW, “Reunir pessoas é uma arte. E toda arte precisa de intencionalidade”.
A régua de performance vai incluir bem-estar e impacto
Mais do que metas batidas, as lideranças do futuro serão cobradas por clima, segurança psicológica e senso de propósito. O que entregamos importa. Mas o jeito como entregamos importa ainda mais. O futuro quer projetos bem-feitos com pessoas inteiras. Resultados sustentáveis, com gente que se sente parte do processo.
No fim das contas, o futuro do trabalho é um convite. A liderança do futuro entende de tecnologia, sim. Mas PRECISA entender muito mais de gente.
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