Pastas de compartilhamento, vida organizada na nuvem
Se existe algo democrático no mundo da comunicação são as pastas compartilhadas. Você pode ser cliente, agência, produtora, fornecedor, do atendimento, do corporativo, da criação, não importa, no decorrer do seu dia/semana/ano de trabalho você vai ter que encarar os folders.
Se já está em algum tempo na mesma empresa, e principalmente se trabalha no departamento de produção ou operações, têm como costume diário olhar as pastas para averiguar cada projeto para entender se tudo está organizado, puxar a orelha de alguém da criação por ter esquecido de subir o arquivo final, ou pior, compartilhou o arquivo originalmente hospedado na nuvem pessoal.
Qualquer erro que possa acontecer neste sentido, cai normalmente nas costas da gestão de projetos, e com razão, por mais que seja uma pauta nada sexy, o compartilhamento/hospedagem de arquivos costuma fazer parte da descrição do trabalho de Operações, GPs, Tráfego, Produção, os cavalheiros do apocalipse que são normalmente lembrados apenas quando algo dá errado, e um erro pronto para ser cometido normalmente vem da dificuldade de encontrar determinado material ou de arquivos que se perdem dentre as diversas pastas de projetos, no decorrer dos anos, dias, nos “old” e nos “final”.
Quem já tentou finalizar um videocase de agência sabe do que estou falando, é um tormento encontrar o histórico de projetos, mesmo os de mais sucesso, não existe uma métrica padrão no mercado brasileiro para organizar pastas, mesmo porque os sistemas mudam, e eu como freelancer tenho navegado por diferentes deles, o “querido” Sharepoint, Box, Drive, são diversas as opções, mas o equívoco persiste em todos eles, uma vez que as pastas de compartilhamento não são vistas como deveriam: uma responsabilidade de toda a equipe, ainda mais depois de 2020, com o advento do home office como padrão (RESISTIMOS!!), quando o ecossistema de pastas se transforma no próprio escritório, na forma como fazemos onboarding e no tempo que economizamos dentre chats e dúvidas a respeito da última “versão final final_3”.
Depois de quinze anos de carreira como produtora/GP, estou em uma empresa que realmente valoriza não só a simples organização, mas a padronização das pastas, a ponto de um engenheiro de som me passar um textão antes de entregar um spot final, explicando como eu deveria ter organizado a pasta com os itens necessários para o trabalho dele, certíssimo! Estamos falando de nomenclaturas, de limpeza, e uma vez que você se acostuma com isso, não existe mais volta. Menos é mais, e no lugar da operação é mais do que necessário deixar as pastas padronizadas para quem vai criar os entregáveis, e isso é um trabalho humano.
*Este texto foi escrito na tentativa de evitar termos em inglês e marcação de gênero.
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