RETROSPECTIVA 2021: O que rolou no ano do GP, by: Flaviz Guerra

Vivemos mais um ano atípico. Descobrimos novas formas de gerir e lidar com sentimentos e situações jamais vistas antes. Em meio a tantas mudanças em nossa rotina, a única certeza que fica, é que nunca mais seremos os mesmos.

O final de 2021 se aproxima, e para finalizar com chave de ouro, entrevistamos alguns gestores de diferentes áreas com a intenção de descobrir como foi o ano na percepção de cada um deles, afinal, somos seres únicos e a vida aconteceu de maneiras diferentes para cada um de nós.

O convidado da vez foi o nosso colunista e Diretor de Produção na R/GA – Flaviz Guerra.

Confira a entrevista logo abaixo.

1. Na sua opinião, quais os pilares para uma liderança de sucesso em 2022?

Depois de um 2020 e um 2021 caóticos, o primeiro passo para o sucesso em 2022 é ter estabilidade e dar continuidade ao trabalho que já vem sendo feito. Oferecer um ambiente protegido de mudanças bruscas pode abrir mais espaço para crescimento e surgimento de novas ideias. Nesses últimos dois anos, passamos por mudanças abruptas de modelos de trabalho, crise econômica e tudo isso, cercado por uma incerteza muito grande sobre a vida. Foram meses de uma “tempestade”, onde a sobrevivência era o mais importante.

 

2. Como os gestores podem se preparar para lidar com a nova geração de colaboradores desta pós-pandemia? 

Todos nós saímos transformados desta pandemia. Alguns sairão mais esperançosos, outros mais céticos. Mas, de fato, ninguém sairá ileso de um momento tão conturbado da nossa história recente. Pessoas envolvidas na gestão de times têm que estar preparadas para abraçar – e implementar, caso ainda não haja – uma cultura de diversidade e flexibilidade. Nossos melhores trabalhos da R/GA acontecem quando diversas vozes e disciplinas se cruzam. A inovação, geralmente, acontece quando pessoas com perspectivas diferentes se reúnem como uma equipe. Essa reunião de equipes agora também pode acontecer em diferentes modelos: presencial, híbrido e remoto. Por conta disso, as pessoas envolvidas na gestão de times precisam procurar essas intersecções na diversidade dos times e dos modelos de trabalho, além de cultivar relacionamentos e ambientes (virtuais e físicos) que tornem possíveis esses encontros.  

 

3. Equipes autogerenciáveis: modismo ou solução?

Nada de modismo! Há uma necessidade, uma demanda reprimida para os times terem mais espaço e responsabilidade na gestão dos trabalhos. É notável o crescimento dos times quando o microgerenciamento do líder da área é reduzido. Os times descobrem novas formas de fazer o trabalho, criam elos de parceria e elevam o trabalho. Aprender coisas novas e novas formas de trabalho é essencial para o crescimento de todos. O maior ponto de atenção para líderes e gestores, porém, é não se tornar ausente só porque está implementando um modelo de equipe autogerenciável. Fortaleça os canais de comunicação, esteja perto, observe, ouça e esteja pronto para questionar suas premissas e as do time.

 

4. O que você acha que as pessoas não esperam, mas deve ser tendência em 2022?

Todos os anos, procuramos uma nova metodologia, uma nova ferramenta, uma nova sigla para defender como tendência para a área de Projetos. Entra ano, sai ano, vemos frases de efeito, como “este é o ano do agile na publicidade”, “este ano, scrum transformará o mercado”, “comunicação assíncrona é o futuro do teletrabalho”. Espero que tenhamos um ano cuja a maior tendência seja a gestão de projetos centrada nas pessoas, desmistificando a cultura do herói nas organizações. O ano de 2022 não pode mais ser sobre quem se machuca mais nas vitórias. Não há vitória nas feridas adquiridas no trabalho.

 

5. Ao analisar desde o mês de janeiro até dezembro, quais melhorias você conseguiu sentir nos processos de gerenciamento de projetos em sua empresa atual?

Especialmente em Produção/Projetos houve um reconhecimento e um entendimento maior do papel da área. Rituais e processos começaram a fazer parte do dia a dia de outras áreas. Parece uma mudança relativamente pequena, mas é grande o suficiente para aumentar a produtividade de todo o time. Com todos sabendo o que cada um faz – e como é feito – há uma melhor fluidez na condução dos trabalhos.

 

6. Do que você quer ter orgulho em 2022?

O time de Produção da R/GA é, globalmente, o segundo maior departamento da empresa. Estamos em cada escritório, em cada conta (seja local, regional ou global) e em cada projeto (campanha ou desenvolvimento de produtos e serviços), do início ao fim. Não atuamos apenas como mecanismo de defesa da empresa, fiscalizando a operação, processos e cultura, ou trabalhando na entrega dos projetos. Em 2022, é importante – e fundamental – usar essa capilaridade para ser a plataforma mais poderosa para uma mudança positiva na empresa, valorizando, promovendo e integrando as diferenças. Esse é o objetivo!


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