Gestão de Projetos: onde a criatividade ganha forma
Gerente de Projeto, esse é o assunto de hoje. Seguramente esse é um tópico que você, leitor do Mestre GP, tira de letra. Mas estou aqui falando com o outro você, aquele que caiu de paraquedas aqui e está tentando entender um pouco mais dessa HYPE em torno do tema.
O Gerente de Projeto é uma invenção maravilhosa, é uma função que faz com que todo o mercado publicitário funcione e, muitas vezes, não recebe o valor devido.
Gerente de projetos é a peça central de diversas áreas. Engenharia, administração, você dá o nome e ele vai estar ali no meio. É ele que faz todo o processo acontecer. O gerente de projetos organiza a demanda, o gerente de projetos estabelece metas, o gerente de projetos controla a entrega, o gerente de projetos controla a especificação. E, usando diversos processos.
Na publicidade, o gerente de projetos é mais essencial ainda. Nesse universo criativo, o gerente de projetos entra para organizar a casa. É ele que vai pegar o projeto e vai falar: “É meu“, e vai estabelecer prazo para a entrega do projeto, e quem tem que produzir o quê. Ele é a figura central e essencial de uma agência de publicidade hoje. Se a gente puxar para 20 + anos atrás, falava-se em coordenador de produção; se puxar mais para trás, falava-se em tráfego. O tráfego continua existindo em algumas agências até hoje, mas o gerente de projetos… sem ele a gente não vive.
Mas eu quero contar um pouquinho para vocês os tipos de gerentes de projetos. Porque uma coisa é você ter um gerente de projeto em uma agência de publicidade, outra coisa é você ter um gerente de projeto em uma produtora como a nossa. Então, eu achei interessante fazer essa matéria porque vai trazer um pouquinho de luz para essa figura tão emblemática e essencial.
Na agência de publicidade, o gerente de projeto precisa ter alguns skills (ou “habilidades”) muito apurados. Algumas agências dividem a forma como o gerente de projeto se relaciona. Então, você tem um gerente de projeto que se relaciona com o mercado/público externo e você tem um gerente de projeto que se relaciona com o público interno. Essa é uma forma mais moderna que algumas agências começaram a adotar de alguns anos para cá, de conseguir especializar esse gerente de projeto para que ele funcione de uma maneira mais adequada ao fluxo da agência. Então, o gerente de projetos que lida com o mercado externo tem uma pegada de atendimento, onde você começa a ter um atendimento que tem capacitação mais técnica para conseguir lidar com demandas mais técnicas. Isso se vê mais em agências que têm uma pegada digital forte, onde essa especialidade técnica começa a se fazer necessária.
E aí você tem um gerente de projeto que fala com o público interno, que fala com as produtoras, que fala com a produção. E esse gerente de projeto acaba desempenhando um papel muito similar ao tráfego que a gente conhecia lá atrás. Então, é um gerente de projeto que consegue organizar cronogramas, que consegue organizar a pauta, que consegue pegar especificações técnicas, que consegue entender sobre aquilo que ele está entregando e pedindo para ser produzido. E por fim você tem um outro gerente de projeto: o da produtora. Esse é outro ser, esse tem skills (ou “habilidades”) muito mais específicos. Então, enquanto você tem na agência um gerente de projeto cujo papel é saber lidar com os públicos externos e de produção, o gerente de projetos de uma produtora tem que conseguir falar com o outro gerente, organizar a informação para enviar para aquele gerente de projeto e ter uma especialidade muito grande naquilo que ele está entregando.
Aí você começa a ter uma subdivisão de tipos de gerentes de projeto dentro de uma produtora. O gerente de projeto que lida com os programadores e o que lida com motion. Então, você começa a ter nas produtoras uma especialização maior ainda desse gerente de projeto, na qual ele começa a ganhar grande capacidade de conseguir saber o que tem que ser produzido, como tem que ser produzido, montar um cronograma super detalhado para a agência, conseguir cobrar a produção do time, conseguir entrar em uma reunião de projeto e dar respostas técnicas para demandas que a agência traga para a produtora.
Esse gerente de projeto muitas vezes não está capacitado para falar com o público externo, porque ele é um B2B, vamos assim dizer. É um gerente de projeto que tem que ter uma habilidade (ou skill) organizacional para a agência e não para falar com o cliente. O cliente demanda, muitas vezes, um lidar muito menos técnico do que quando você está falando entre dois gerentes de projeto, o da agência e o da produtora. O papo ali tem que ser técnico, rápido, preciso. Enquanto que o gerente de projeto, para falar com o cliente, precisa saber como colocar aquela informação dentro do que o cliente tem de conhecimento técnico.
É muito curioso ver como é rico este universo de gerentes de projetos, no qual você consegue ter um profissional tão incrível que precisa ter tantas facetas e que acaba gerando muitas oportunidades para as pessoas.
Aqui no estúdio, a gente traz gerentes de projetos que, muitas vezes, têm um background (ou “experiência/formação”) completamente distinto de gerência de projetos, mas que a gente entende que aquela pessoa tem uma especificidade, uma capacidade organizacional que vale a pena trazê-la para o time e qualificá-la para ficar expert (ou “especialista/experiente”) naquela área que ela está atuando.
O gerente de projeto é um profissional incrível e fica o meu “Salve” e “Obrigado” para todos os gerentes de projetos aqui do mercado.
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