Comunicação Interna nas agências de publicidade

Normalmente as agências de comunicação e publicidade não se comportam como empresas tradicionais. No dia a dia dinâmico e cercado de urgências e crises de seus clientes, é muito difícil dedicarem atenção à comunicação com seus colaboradores – em casa de ferreiro, o espeto é de pau! Pois é, justo nós, os “especialistas em comunicação” eventualmente negligenciamos a conversa com a equipe. Por mais óbvia que seja a importância de se tratar o público interno com a mesma parceria, transparência, coerência e diálogo que dedicamos aos nossos clientes, às vezes as agências acabam subestimando esse fato.

A comunicação interna surgiu da necessidade das empresas de transmitir informações importantes, a ideia era informar de forma unilateral – topdown. Com a evolução dessa comunicação as empresas começaram a entender a importância de manter a equipe informada e engajada com os objetivos da empresa. A partir daí, foi se destacando o papel da liderança na comunicação com suas equipes. Hoje, espera-se do líder a função de disseminar os valores e objetivos da empresa, engajar sua equipe para conquistar os resultados propostos, para isso, deve se comunicar de forma constante, simples e direta, não ofensiva e não coercitiva, a fim de conseguir o comprometimento individual, não impondo, mas sim construindo junto as soluções.

A importância de falar com sua equipe

Dentro das agências, temos sempre o objetivo de nos posicionar como “parceiros de negócios” dos clientes, mas para isso, precisamos criar essa parceria internamente também. A liderança dentro das agências é responsável por estabelecer formas de comunicação com seu time. O ideal é que exista algum tipo de padronização entre os líderes, para que toda as equipes tenham as mesmas oportunidades de informação e conversa dentro de uma agência – isso é por conta da agência – estabelecer canais oficiais, adquirir ferramentas que sejam usadas por todos, e oferecer às lideranças condições necessárias para uma comunicação eficiente. A partir daí, é com o líder. Cada gestor deve desenvolver em si a capacidade de comunicar-se da melhor forma, a fim de dar foco, direção e inspiração à equipe.

Na comunicação com a equipe, existem pontos importantes que devem ser considerados pela liderança:

– Entendimento: mais importante do que transmitir uma informação é saber como ela foi entendida pelo receptor. Para isso, é preciso, além de falar, ouvir. Na comunicação com o time, deve-se analisar como cada mensagem é compreendida, ou seja, perguntar à equipe e ouvir, entender o que cada um está pensando.

– Adequação de comunicação e linguagem: dentro de equipes multidisciplinares das agências de propaganda é preciso entender as diferentes formas de tratamento e como falar com cada um. Há pessoas que se comunicam de forma mais informal, que apreciam uma aproximação maior de linguagem, há outras que precisam de formalizações e ferramentas específicas para que compreendam uma mensagem, ou que simplesmente respondem com uma atitude mais positiva a uma ou outra forma de comunicação. No dia a dia o líder deve identificar a forma mais eficiente e adequada  de conversar com cada um, desde com os colaboradores mais envolvidos pessoalmente até aqueles que preferem uma abordagem estritamente profissional.

– Identificação: para que a comunicação seja efetiva e realmente leve a uma ação específica de cada um da equipe, é importante que haja identificação. Ou seja, o colaborador precisa se identificar com os objetivos, valores e com a ação em si a ser executada a partir de uma mensagem da liderança. Para isso, deve-se deixar claro qual o papel de cada um, o que se espera dele, quais ações de cada um gerarão quais resultados para a equipe toda e para a empresa. Quando todos começarem a agir como time único, identificados por objetivos comuns, teremos uma comunicação que gera resultados reais.       

– Transparência e feedback: É importante dar voz ao outro, fazer perguntas abertas, compreender as respostas, e sempre ficar atento às reações espontâneas.
Expor os fatos e seu sentimento a respeito, sem julgamentos ou acusações. Não sabemos o que aconteceu ao outro que fez com que agisse de certa maneira ou falasse algo específico. Vale expressar as frustrações e chateações de maneira direta e respeitosa.

– Conflitos: o líder se comporta como mediador em momentos de conflitos. São facilitadores que direcionam uma discussão, como parte neutra, centralizam o foco dos envolvidos a fim de transformar o conflito em uma conversa com resultados positivos para todos.

A confiança do time no seu líder vem muito da comunicação exercida por ele. Um time que acredita e confia em seu líder, constrói soluções conjuntas, mais efetivas e duradouras. Essa relação de confiança traz segurança ao colaborador, em momentos de crise ou mesmo no caos do dia a dia, é importante que ele saiba a real situação – onde estamos, para onde vamos, como, com quem! Deixar a equipe no escuro é um “tiro no pé”, no sentido que mina as relações, dá abertura para boatos e preocupações desnecessárias. A temida “fofoca”, contamina o ambiente de trabalho, informações desencontradas aumentam a sensação de crise e insegurança interna, o que tira o foco da produtividade e dos objetivos de cada área.

Portanto, agir com empatia, ouvir para realmente tentar compreender o outro e estabelecer este diálogo é o caminho para uma equipe feliz, motivada e comprometida com resultados.


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