Como encontrar o momento certo de gerir mudanças?

A palavra mudar pode nos remeter ao medo do desconhecido, abrir a imaginação e nos motivar a euforia e empolgação que nos conecta à transformação. Ela pode ser planejada, controlada ou inesperada. No ambiente profissional precisamos ter um olhar especial para a mudança. Questionamentos sobre a real necessidade de mudar, como mudar e por que mudar, nos fazem refletir sobre o tema: Como saber o momento certo de gerir mudanças? A mediadora do mês de agosto nas lives semanais do Mestre GP ao Cubo – plataforma de streaming do Mestre – Silvia Machado – diretora de Produtos Digitais na Jüssi – convidou a Marcela HippeDesigner Manager na Quinto Andar para discorrer sobre o tema e adquirir o entendimento das percepções que a mudança traz unicamente para cada pessoa.

 

Como ver sentido na mudança?

Algumas empresas implementam fluxos de processos e gestão, fazendo com que a operação do time por completo fique “squadtizada.” Este contexto muitas vezes não fica tão visível, já que estamos trabalhando em regime home-office. Sobre esta questão, Marcela responde para nós que na produção de um produto digital sempre há uma pergunta chave: qual problema queremos resolver? e que esta pergunta se torna essencial na gestão de mudanças e no processo de formatos de equipes. 

Silvia comentou conosco que muitas vezes temos um problema que será resolvido ao transformá-lo  em squads ou se mudamos um processo, dando um nome a ele: é um projeto ágil. Vamos esperar que funcione! A questão é que a solução deste problema não esteja com squads ou agilidade. Aprendi que o contexto precede o método. Não tem um método que funcione bem para todos.”

Marcela finalizou dizendo que é preciso entender o contexto da sua empresa. “ A ordem para resolução de problemas e mudanças é: qual contexto, qual problema e depois qual o método, e, se fizer sentido, vamos mudar.”

Preciso mudar para me encaixar?

Existem muitas empresas que prezam pelo cuidado das pessoas, líderes engajados com o time e colaboradores felizes, porém, o one a one faz enxergar que existem problemas que precisam de mudanças.
Marcela comenta conosco que é possível resolver este problema até então descoberto no one a one, quando houver um propósito de resolução ou para chegar em algum lugar: “Precisamos resolver o problema se aproximando do objetivo.”

Um ponto que devemos analisar são os objetivos de negócio. Eles precisam estar atrelados  à cultura da empresa e aos valores que ela tem. “ É preciso refletir: qual item não podemos deixar cair de jeito algum? Ao ter a resposta, é ele que vai significar o valor da sua empresa e tudo o que você tentará levar adiante será em torno dele.” – discorre Marcela.
Nesta percepção de maior valor, se a empresa irá prezar pela qualidade, ela não pode resolver problemas com gambiarras ou sem excelência no atendimento com o cliente, por exemplo. É preciso entender que a resolução sem reais intenções não adiantará e que está tudo bem atrasar um pouco na entrega e ter um projeto que satisfaça o cliente.

“ Não adianta querer mudar sem abertura da liderança e vice-versa. É importante ter as visões de futuro traçadas, como irá desdobrá-las com objetivos palpáveis e assim, garantir que cada um dos colaboradores sigam e façam a mudança com base nestas decisões. Mudar é isso.” – finaliza Marcela. 


Soluções tradicionais para problemas modernos

Infelizmente, buscar o caminho que tem o menor preço e impacto não é possível, sendo necessário fazer um plano de mudança para haver solução. Silvia relata para nós que às vezes a solução está bem ali, do nosso lado e que mesmo assim, não as vemos. “Ficamos focados em manter o olhar na busca de frameworks modernos, algumas mudanças podem ser motivadas por problemas, como também pelas empresas com um perfil de sempre buscar soluções que não existem.”  A análise de swot é um exemplo antigo que funciona na busca de soluções.


Marcela acredita que a maior inovação dentro de uma empresa são as pessoas e que é preciso dar espaço e autonomia, enquanto os diretores definem a visão da cultura da empresa e onde quer chegar e como fazer dar certo. “ Quando falamos de grandes soluções é porque as pessoas conversam e se preocupam umas com as outras. A decisão de pesquisas ou métodos utilizados vem do time e não do diretor, a partir do momento em que ficam claros os valores, os papéis de cada um e a cultura da empresa, a solução acontece naturalmente, assim como a inovação.”

As soluções simples são as que resultam positivamente na mudança e caminham junto com a confiança, reconhecimento e um ambiente acolhedor para exercer o trabalho.  

“Se uma empresa é horizontal, significa muitas vezes não terá liderança próxima e direcionamento. Qual a estrutura, para onde eu cresço? Não tem plano de carreira. Buscar soluções difíceis significa que são óbvias e fáceis, só que na prática são mais difíceis de se fazer.” – Finaliza Marcella.


Esperar a solução perfeita atrasa

Ao desenhar o fluxo perfeito, você perde o timing. Quando falamos de mudanças, é importante fazer um piloto, testar e começar manualmente para analisar se irá funcionar.  “Queremos acertar, mas devemos estar dispostos também ao erro, A invalidação também é válida.”  – comenta Marcela.

Quando falamos sobre gestão de mudanças, percebemos que o mais difícil é mudar a cultura de uma empresa. Marcela nos dá um exemplo interessante sobre o assunto: “Se um time de futebol inteiro muda, você continua torcendo para aquele time,  a cultura é o que se mantém. Na companhia é a mesma coisa, se quer mudar a cultura ou até mesmo uma área, é preciso trabalhar intencionalmente e com diligência porque não é fácil. O fácil é voltar nos mesmos erros.”

A maior prioridade na gestão da mudança e nos relacionamentos são as pessoas. A mudança de uma empresa se torna em vão sem as pessoas que realmente irão fazer acontecer. É preciso intenção, comitês, trabalhos, grupos de pessoas para a mudança acontecer.

 

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