O que vem primeiro: a cultura ou o ambiente? O ovo ou a Galinha?

Entenda o que é uma cultura organizacional e qual a sua importância para o trabalho do GP de agências de publicidade

Gabriela Manzini, Head de Conteúdo no Mestre GP* 

“Cultura é o modo como nos expressamos em determinado grupo ou organização”, diz Paulo Martinez, COO na Ginga. É uma expressão em grupo. É coletivo. Cultura é ainda “a expressão natural de grupo quando o chefe não está na sala”, afirma Cris Ruiz, Diretor de Operações no Banco Original. Se funciona da mesma forma sem a presença do chefe, é um indicador de como é a cultura de fato da empresa.

Ambos profissionais são professores do Curso de Gerenciamento de Projetos do Instituto Mestre GP, que tem duração de 35 horas com encontros semanais, cada um em uma agência diferente do mercado publicitário. E esta é uma das provocações trazidas à pauta para discussão em grupo.

A reflexão é antiga e nos leva sempre a um ciclo. Tanto um ambiente poderia influenciar a cultura, sendo então o primeiro a ser criado. Quanto uma organização em construção que planeja uma cultura sólida poderia influenciar determinado ambiente.

Uma coisa é certa: podemos até influenciar uma cultura, mas não podemos impô-la a ninguém. “Cada pessoa tem seu livre-arbítrio”, declara Martinez. E por isso, inclusive, que se criam sub-culturas dentro de uma organização, como formas de expressão em grupo.

Segundo Ruiz, essa discussão serve para instrumentalizar os gestores de projetos, mas pode ser que não se chegue a uma conclusão. “Normalmente, a gente é impactado por aquilo e nem percebe, a gente interage”.

No entanto, “é fácil assimilar aos signos”, e por isso muitas organizações modificam o ambiente de escritórios para trazer um novo conceito de rotina aos colaboradores em momentos de transição, reconstrução de cultura e posicionamento de mercado. “Os ambientes, eu não diria criar, mas eles ajudam a influenciar as atitudes”, anuncia
Martinez.

Um argumento importante para a construção de uma cultura organizacional é que você consegue mudar um mindset, mas no âmbito individual. Em uma organização, isso tem que vir de cima para baixo. Assim, no processo de construção de cultura, podemos explorar e desafiar crenças pessoais e, uma vez redefinido o mindset, buscar
facilitadores que ajudem a disseminar aquela cultura, pois eles materializam aquelas atitudes de certa forma.

Assim, a estrutura de criação de cultura responde a um conceito de que a cultura “come” a estratégia, e o mindset forma a cultura. Se você quer mudar os resultados da sua organização, volte para a primeira fase, volte para a sua essência.

 

cultura organizacional

A importância de se construir uma cultura, no entanto, é ter uma identidade e responder no ambiente externo, seja no ambiente de trabalho, seja com outros stakeholders, como clientes, investidores, conselheiros etc. Ela também serve e ajuda como um guia de como responder às situações que se apresentam. Se você possui uma
cultura forte, por exemplo, é mais fácil revisitá-la em momentos de transformação para entender como tomar decisões condizentes com seus hábitos e essência.

>> Este texto foi originalmente publicado no Jornal Mestre GP. Saiba mais sobre o projeto AQUI!

*Gabriela Manzini é jornalista formada pela Universidade Metodista de São Paulo, trabalha com comunicação desde 2008 e é especialista pós-graduada em Comunicação Corporativa pela Cásper Líbero com nanodegree em Marketing Digital. Atua hoje com comunicação estratégica, marketing digital, especialmente marketing de conteúdo e inbound. Em suas passagens por agências de comunicação e marketing, já atendeu clientes como Microsoft, Philco, Wacom Brasil, Toshiba Brasil, Citibank, Credicard Hall, Omron, Internacional Shopping Guarulhos, e os cantores Fábio Jr. e Paula Lima. Na área corporativa, trabalhou no departamento de marketing da Shoestock e é a atual Head de Conteúdo do Digitalks, empresa do grupo iMasters, referência em marketing digital no Brasil. Possui ainda expertises em planejamento estratégico, design thinking para inovação, comunicação interna e endomarketing, além de prestar consultoria em mídias sociais para pequenos negócios.

 


Ramon Oliveira

Ramon Oliveira

Fomento o compartilhamento do conhecimento, da experiência como entrega prática e da conexão como a transformação real. Fundador do Instituto Mestre GP, também atua como professor.

Oferecimento

Mantenedores

Agências Mantenedoras

Entidades Apoiadoras