Gerindo Mudanças na Transformação Digital de Grandes Empresas

Na era digital, um dos principais desafios das organizações é: manter a competitividade, lidar diariamente com o surgimento de novas tecnologias e processos, mudar o rumo da execução e manter o time engajado. A boa notícia deste cenário é que há uma saída: a Gestão da Mudança.


Neste papo com dois líderes de grandes empresas: Marcos del Valle – Sócio executivo na Jüssi – e Luiza Lima – Gerente Sênior de Produtos Digitais, Governança Ágil e Plataformas na Whirlpool – sobre a gestão de mudanças em transformações digitais, foi possível perceber que a própria gestão de mudanças em si precisa se adaptar às outras mudanças que acontecem o tempo todo nesta conexão com o digital.

A mediadora desta conversa,  Silvia Machado – Diretora de Projetos Digitais na Jüssi – fez algumas perguntas chaves sobre mudanças e transformação digital. Acompanhe esta leitura conosco. 

 

A gestão de mudanças e as transformações digitais

Veja este pensamento: Um cientista não segue fielmente os diversos acontecimentos que surgem em sua rotina, para abraçar uma nova ideia. ele precisa ser conduzido pela sua intuição também. 

Marcos relatou este exemplo para nós ao compararmos os processos de mudanças aliados às  transformações digitais que existem. Percebemos que existe um processo irracional na vida pessoal e corporativa, que pode ser seduzido pela quantidade de atualizações e utilizações dos concorrentes, porém, devemos enaltecer a nossa criatividade e intuição: Será que devo ou que seja o momento certo de mudar?

“Gerir nunca será mecânico. Quem se deixou levar pela intuição em 2012 por exemplo, investindo em bitcoin, hoje em 2021 pode estar levando uma vida bem melhor. O universo do bitcoin possui diversas oscilações de mudanças e acaba sendo um exemplo macro tanto para as pessoas quanto para as empresas quando falamos de universo digital. Não existe a possibilidade de um líder não estar envolvido neste todo, temos o papel de entrar na mudança e estar dentro dela”. – Finaliza Marcos.

O papel da mudança na perspectiva do líder

Luiza conta para nós que o trabalho de um líder é promover mudanças e que existe uma diferença muito grande entre as definições de líderes e gestores. O líder não mantém posição, ele avança e muda continuamente seu grande trabalho é diagnosticar a situação real, traçar visão e gerar movimento, partindo do lugar onde você está e onde quer chegar.

Líderes que não sabem gerir e promover mudanças, são gestores e não líderes reais. Quando pensamos que cada vez mais teremos times autônomos e auto gerenciáveis, o líder já perde este papel de movimentar, sendo assim, ao falar sobre transformação digital  é preciso mover, transformar pessoas em mudanças contínuas e cada vez mais aceleradas. 

“Se você não tem um líder que é capaz de traçar a direção clara para onde ir, por que ir e qual o real propósito, você não cria um time resiliente que suporte mudanças.  Sem lideranças fortes, não existe transformação digital e as pessoas simplesmente irão embora.”

Luiza finaliza a sua fala dizendo: A chave do sucesso da mudança é a certeza mutável como somos. Propósito + Direção = Transformação Digital. 

Dentro da transformação digital dá para trazer coisas já existentes?

Transformar é se adaptar ao mundo de constante mudanças, entender quais são as áreas da empresa que terão necessidade deste modelo diferente de implementação, assim como aquelas que não serão necessárias.

Quando você sabe o que precisa ser feito, a agilidade torna-se desnecessária, você vai lá e faz, porém quando o assunto são os produtos quando falamos de produtos, acaba sendo um pouco diferente. Veja o que a diretora diz: “A área de produtos é ambígua e complexa, simplesmente pelo fato de não precisar reformular e reinventar tudo e sim, descobrir a resolução do problema e como atacá-la.”

Os principais erros na transformação digital 

Marcos conta para nós que a transformação digital para muitos líderes foi assertiva pelo fato do aprendizado e entendimento profundo deste tema: “ O alicerce de uma transformação digital é o conhecimento. Você tem que querer e ir atrás.”

É importante entender que esta transformação é constituída de pessoas mas que a que é a tecnologia que será programada para exercê-la, por isso, o aprendizado é infinito, já que muitas vezes fazem o uso inapropriado de um método digital para resoluções. 

Na percepção da Luiza, o maior erro é negar que irá errar. Para transformar digitalmente, é preciso saber que erros irão acontecer, porque é um processo de experimentação, ou seja, ter uma liderança preparada para lidar com erros é o primeiro acerto e ainda assim, terão ajustes.

A diretora relata para nós que as pessoas precisam aprender e desaprender, pensar diferente e jamais isolar a transformação digital em um pedaço da empresa: “ Todos devem estar juntos e a comunicação é extremamente importante. Enquanto você faz testes, informe e prepare a companhia como um todo sobre o tema. É um grande erro não capacitar bem as pessoas e não trazer o entendimento que elas irão errar.”

Quando falamos de erros, não podemos nos esquecer que errar grande envolve responsabilidades e errar pequeno será sempre permitido, tendo em vista que todo erro traz aprendizado: “Ninguém inova sem erro, ensine o seu time a errar.” -complementa a diretora. 

Conselho para as grandes empresas consolidadas no mercado

Veja os conselhos que os diretores compartilharam conosco:

  • Conheça plenamente os níveis hierárquicos e tenha como alicerce a educação do todo. É através dela que tudo fará sentido e acontecerá.
  • A coisa mais duradoura dentro de uma empresa é a cultura e as pessoas. Este é o único jeito de se planejar a longo prazo, e assim você sobrevive em um mercado de gigantes. 
  • Menos tech e mais people! Culturas e pessoas são capazes de resolver grandes problemas. 

 

 

 


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